Se
pararmos para imaginar como seria o mundo hoje sem a evolução da ciência e da
tecnologia, talvez ficaríamos malucos, pois o mundo seria um caos, quantas
pessoas teriam doenças e não saberiam como tratá-las e a tecnologia está
presente em todos os meios que estamos envolvidos seja em eletrônicos, ou científicos
e há muitas maneiras de vermos essa evolução principalmente quando se diz
respeito a educação, pois através da tecnologia muitas pessoas estão tendo
acesso a educação de forma diferente com os cursos em EAD. É inegável a contribuição que a ciência e a
tecnologia trouxeram nos últimos anos. Porém, apesar desta constatação, não
podemos confiar excessivamente nelas, tornando-nos cegos pelo conforto que nos
proporcionam cotidianamente seus aparatos e dispositivos técnicos. Isso pode
resultar perigoso porque, nesta anestesia que o deslumbramento da modernidade
tecnológica nos oferece, podemos nos esquecer que a ciência e a tecnologia
incorporam questões sociais, éticas e política.
É necessário que a população possa, além de ter
acesso às informações sobre o desenvolvimento científico-tecnológico, ter
também condições de avaliar e participar das decisões que venham a atingir o
meio onde vive. É necessário que a sociedade, em geral, comece a questionar
sobre os impactos da evolução e aplicação da ciência e tecnologia sobre seu
entorno e consiga perceber que, muitas vezes, certas atitudes não atendem à
maioria, mas, sim, aos interesses dominantes.
A esse respeito, Bazzo (1998, p.
34) comenta: “o cidadão merece aprender a ler e entender – muito mais do que
conceitos estanques - a ciência e a tecnologia, com suas implicações e
conseqüências, para poder ser elemento participante nas decisões de ordem
política e social que influenciarão o seu futuro e o dos seus filhos”. . Cada cidadão tem seus valores e posturas
sobre as questões científico-tecnológicas que, muitas vezes, vão ao encontro
das demais. Por isso, uma adequada participação na tomada de decisões que
envolve ciência e tecnologia deve passar por uma negociação. As pessoas
precisam ter acesso à ciência e à tecnologia, não somente no sentido de
entender e utilizar os artefatos e mente fatos como produtos ou conhecimentos,
mas, também, opinar sobre o uso desses produtos, percebendo que não são
neutros, nem definitivos, quem dirá absoluto.
Todos
os saberes são necessários para que o educando possa viver numa sociedade
moderna e tecnológica como a nossa. Logo, é necessário que tais saberes
voltem-se, também, para a compreensão da ciência e da tecnologia, que se tornam
presença contínua em nosso meio. Por esse motivo, a LDB ressalta, em seu artigo
36, que o Ensino Médio “[...] destacará a educação tecnológica, a compreensão
do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de
transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento
de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania”. O artigo
afirma que, além de ter acesso aos conhecimentos relacionados à ciência e à
tecnologia, o educando precisará entender como esses processos se formaram, em
que eles implicam, quais suas consequências e que tipo de atitudes o cidadão
deverá ter diante dos problemas. É necessário que ele possa efetivar sua
participação enquanto ente de uma comunidade, buscando informações, aquelas
diretamente vinculadas aos problemas sociais que afetam o cidadão e seu meio,
exigindo um posicionamento quanto ao encaminhamento de soluções. Para formar um
cidadão com essas compreensões, é preciso que o Ensino Médio dê ao aluno
condições de compreender a natureza do contexto científico-tecnológico e seu
papel na sociedade. Isso implica adquirir conhecimentos básicos sobre filosofia
e história da ciência, para estar a par das potencialidades e limitações do
conhecimento científico, pois para que o cidadão possa tomar suas decisões,
precisa ter evidências e fundamentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário