sábado, 10 de outubro de 2015

O Ensino de Química: algumas reflexões


       O ensino da química nas escolas públicas e até mesmo nas escolas particulares é algo que precisa ser bem elaborado, pois os muitos alunos da rede pública não se interessam pelos estudos enquanto ainda são jovens, por isso nos dias atuais está cada vez mais difícil inserir esses alunos a terem um bom desempenho em sala de aula de uma universidade. É necessário falar de educação química, pois muitos não tiveram uma boa base quando estavam no ensino médio.
Em uma pesquisa realizada, foi constatado que o maior problema em relação ao processo ensino-aprendizagem da disciplina de química foi a transposição dos conteúdos trabalhados pelo professor e a dificuldade de assimilação pelos alunos no momento da prova escrita. Acentuamos que esta dificuldade foi apontada por 90% dos entrevistados como sendo o principal problema enfrentado no exercício da docência. Somente um professor considerou o baixo salário da categoria como principal problema. Em relação a esta dificuldade, Gonçalves e Galeazzi (2004), Zanon e Silva (2000) e Hodson (1994), apontam que, para melhorar o processo ensinoaprendizagem, uma alternativa seria aumentar as atividades experimentais em laboratórios, porém, muitas vezes não é possível, pois a maioria das escolas não possui estruturas laboratoriais.
                
        E Apesar disto, a elaboração de projetos voltados para a utilização da química no cotidiano é uma alternativa para driblar tal situação. Rolisola (2004) descreve um projeto chamado de “A Química da Limpeza”, em que detergente e sabão líquidos são feitos pelos alunos, e, com isto, a professora explora os compostos oxigenados e nitrogenados, a nomenclatura, a composição das substâncias envolvidas no processo entre outros. Desta forma, os alunos pesquisam os assuntos químicos, se interessam por eles, porque percebem a importância do conhecimento químico para o seu dia-a-dia.  Outra situação muito frequente que foi percebida nas escolas em que atuavam os entrevistados, e também é citada por Cruz (2011), é o despreparo de professores que assumem as aulas de química, mesmo não sendo sua área de formação específica, dificultando a maneira de transmitir o conhecimento. Além disso, ministrar aulas sem a devida formação pedagógica é outra constatação.

          Eu concordo que o professor deve buscar a formação continuada. A participação em grupos de estudo, por exemplo, nas discussões sobre as diversas possibilidades para o ensino de química, é uma alternativa interessante e viável, e depende apenas da disponibilidade do professor em participar. Lima (1996) relata como a participação em um grupo de estudo para formação continuada dos professores de química mudou o ensino nas escolas participantes do projeto, inclusive em relação ao material didático, que passou a ser elaborado pelos próprios docentes, onde “as atividades previstas nesses materiais didáticos são estruturadas de modo que os alunos discutam em grupo e apresentem interpretações próprias para fenômenos simples, mas importantes para o entendimento da Química” (LIMA, 1996, p.13). O acesso ao saber não mais seguirá apenas a ordem hierárquica e progressiva como geralmente é disposta na programação de uma disciplina ao longo das séries escolares. A tecnologia disponível, sobretudo através da Internet, MS também em programas já existentes, como os de vídeo, possibilita diferentes formas de acesso ao saber. Essas novas oportunidades de aprendizagem, se disponíveis aos alunos, provocam a necessidade de uma mudança profunda na didática utilizada pelos professores.


          Nessa perspectiva, segundo Alcará (2005), o sucesso do desenvolvimento dos alunos está relacionado à motivação para aprender, buscando novos conhecimentos, com entusiasmo e preparo para novos desafios, porém, a realidade encontrada nas salas de aula é outra, os alunos não possuem bom desempenho, a culpa é sempre do professor, e por outro lado o professor acredita que o próprio aluno é o único responsável por seu fracasso. Nesse sentido, lembramos que a motivação do aluno depende da motivação do professor. Ele é o protagonista, dinamizador do processo e responsável pela arte de ensinar. Deve promover um clima favorável, estabelecer vínculos seguros, buscar compreender e interpretar as diferentes situações de seus alunos e de sua escola, ou seja, as ações do professor influenciam totalmente no comportamento dos alunos (ALCARÁ, 2005) Nesse sentido, lembramos que a motivação do aluno depende da motivação do professor. Ele é o protagonista, dinamizador do processo e responsável pela arte de ensinar. Deve promover um clima favorável, estabelecer vínculos seguros, buscar compreender e interpretar as diferentes situações de seus alunos e de sua escola, ou seja, as ações do professor influenciam totalmente no comportamento dos alunos (ALCARÁ, 2005). Dessa forma, é importante que os professores incentivem os alunos para que leiam mais, sugiram livros e sítios interessantes, com conteúdos pertinentes, para subsidiar a aprendizagem dos alunos. Pesquisas via internet e suas ferramentas podem ser usadas como recursos para ampliar o conhecimento e a elaboração de trabalhos científicos em qualquer área que lhe for confiada.

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