sábado, 10 de outubro de 2015

Mídia Escola e Leitura Crítica do Mundo




        Quantas vezes você já leu um artigo de revista, jornal etc. e muitas vezes não compreendeu o que leu, pois bem, muitas vezes isso é fruto de como nós fomos ensinados e educados ainda quando éramos crianças.
Devemos ler e aprender sempre, uma pesquisas  envolvendo pessoas nacionais e internacionais, como do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA), revelam o baixíssimo nível de compreensão, interpretação e reflexão dos alunos do Ensino Fundamental e Médio. Nos exames de acesso à universidade a situação não é muito diferente.
       
        Se observarmos iremos ver como é grande o número de pessoas que não se interessam por leitura e isso inclui você se você não for um bom leitor, e isso está relacionado ao baixo índice de leitura no país, associado à inexistência de bibliotecas públicas em “21,3% dos 5.559 municípios brasileiros” (Bertoletti, 2004, p. 86), atesta a falta de investimento das autoridades para tornar disponível o acesso ao livro no país. Projetos recentes do governo federal, como a “Fome do Livro”, que pretendem modificar esta realidade, ampliando o acesso e a distribuição do livro no país, ainda têm um longo percurso pela frente, razão pela qual o papel da escola é ainda fundamental na formação de leitores. Diante dessa situação Qual seria, então, o papel da escola na formação do leitor? O hábito da leitura pode ser melhorado com a inserção da mídia na escola? Leitura crítica da mídia se aprende na sala de aula? O que é necessário para o exercício cidadão da leitura do mundo? Simultaneamente à perda sucessiva de leitores, os jornais descobriram um importante nicho no mercado editorial: a escola. Os grupos de mídia, principalmente os impressos: jornais e revistas começaram a distribuir os encalhes de seus exemplares e a produzir versões direcionadas à sala de aula. Este movimento pela inserção do jornal e da revista na sala de aula, como prática pedagógica, ganhou força no início da década de 1990 e ainda hoje continua conquistando novos adeptos, como é o caso da revista Carta Capital, que lançou em outubro de 2005 sua versão pedagógica. Ao anunciar sua inserção no mundo da escola, essa versão da revista passa a disputar um importante espaço atuando diretamente no processo educativo na formação de professores e alunos sobre os acontecimentos da realidade.

         Como então formar professores para que o uso da mídia na sala de aula vá além de uma mera instrumentação de conteúdos e demonstração do processo de produção da notícia, sem uma discussão mais aprofundada das linhas editoriais dos veículos, dos processos ideológicos e manipulatórios que, cotidianamente, fazem parte das escolhas editoriais e das construções narrativas dos textos jornalísticos? Certamente, não se trata, apenas, de ensinar os professores a “lerem” os jornais, mas, sobretudo de possibilitar a eles, num primeiro momento, uma leitura do mundo para melhor compreenderem, eles próprios, o poder da mídia e o papel ocupado pelos diferentes veículos no espaço público. Só então poderão fazer a leitura crítica da mídia e, consequentemente, ensinar os alunos a pensarem, refletirem sobre os conteúdos noticiosos e, então, desenvolverem formas autônomas de pensar o mundo. Para isso, no entanto, é necessário, adquirir, também, o domínio da linguagem como ferramenta discursiva, e discernimento sobre a construção da narrativa jornalística e seus múltiplos sentidos atribuídos pelos seus diferentes agentes como alerta Zanchetta Jr.

         As crianças e os adolescentes na sociedades aprendem mais como a televisão do que com os pais e professores? Como caracterizar este mais? Mais informações, mais conhecimentos pontuais? Modelos de comportamento, opiniões políticas? Possibilidades de desenvolver sua sensibilidade? A televisão oferece tudo isso e muito mais. A televisão, ao pretender reproduzir o universo real em sua complexidade, constrói um simulacro do mundo em que o indivíduo acaba se encontrando, assumindo as imagens produzidas como se fosse sua vida real. E estas imagens penetram a realidade, transformado-a, dando-lhe forma. (Belloni, 2001, p. 57), Quando Belloni relata que as crianças e adolescentes aprendem mais com a televisão do que com os professores, eu concordo em partes, pois muitas coisas que as crianças aprendem e ficam em suas mentes estão vindo da televisão computadores etc., hoje a tecnologia está cada vez mais frequente na vidas dos estudantes, que estão cada vez mais envolvidos com a tecnologia.

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